A tão esperada Rota Bioceânica está cada vez mais próxima de se tornar realidade — e com ela, Mato Grosso do Sul se posiciona como um dos grandes protagonistas do corredor que vai conectar o Brasil aos portos do norte do Chile, atravessando Paraguai e Argentina. Mas, além da importância logística e estratégica, o que mais anima a população sul-mato-grossense é a expectativa de geração de empregos em diferentes setores da economia.
Do campo ao porto: oportunidades em várias frentes
A Rota promete criar uma cadeia de oportunidades que vai muito além do transporte rodoviário. A estimativa é de que milhares de empregos diretos e indiretos sejam gerados ao longo dos próximos anos, principalmente em áreas como:
- Logística e Transporte: aumento da demanda por motoristas, operadores de carga, técnicos em manutenção e profissionais especializados em exportação e importação.
- Infraestrutura e Construção Civil: novas obras viárias, ampliação de armazéns, terminais aduaneiros e zonas de processamento de exportação exigirão mão de obra qualificada e também trabalhadores da construção civil.
- Agroindústria: com o escoamento mais rápido e barato da produção agrícola e pecuária, frigoríficos, cooperativas e processadoras devem aumentar sua capacidade produtiva e contratação de pessoal.
- Turismo e Serviços: com o fluxo internacional de cargas e pessoas, cidades sul-mato-grossenses poderão se fortalecer como polos turísticos e de serviços, gerando empregos em hotelaria, gastronomia, comércio e receptivo.
Qualificação será diferencial
Com tantas possibilidades, a capacitação profissional se torna peça-chave para que a população local aproveite ao máximo as oportunidades. Instituições públicas e privadas já começam a se mobilizar para oferecer cursos voltados às novas demandas da Rota.
Segundo especialistas, profissionais com domínio de idiomas, conhecimento em comércio exterior e competências técnicas em áreas como logística e tecnologia da informação terão destaque nesse novo cenário.
Integração e desenvolvimento regional
Além da geração de empregos, a Rota Bioceânica deverá estimular o desenvolvimento de cidades do interior, com atração de investimentos e valorização de áreas próximas ao traçado da rota. Municípios como Porto Murtinho, Jardim, Bonito, Ponta Porã e Maracaju já sentem os primeiros reflexos desse novo ciclo de crescimento.
A integração entre os países também tende a ampliar o intercâmbio cultural, acadêmico e comercial, aproximando ainda mais Mato Grosso do Sul da América do Sul.
Um novo capítulo para o MS
Mais do que uma estrada, a Rota Bioceânica é vista como um divisor de águas para Mato Grosso do Sul. Ao conectar o estado a grandes mercados internacionais e abrir portas para uma nova era logística, ela oferece a chance de transformação econômica e social, com geração de emprego, renda e mais qualidade de vida para a população.
