O agronegócio brasileiro está prestes a encurtar distâncias com os maiores mercados do mundo
O caminho atual: longa viagem até a Ásia
Hoje, os grãos, carnes e fibras produzidos no Brasil — especialmente no Centro-Oeste — percorrem um trajeto extenso e caro para chegar à Ásia. A produção segue por rodovias até os portos de Santos (SP) ou Paranaguá (PR) e, depois, viaja por navio:
- Pelo Atlântico,
- Passando pelo Canal do Panamá ou contornando o Estreito de Magalhães,
- E só então chega ao Oceano Pacífico.
Tempo total? Até 35 dias.
Custo logístico? Alto.
Gargalos? Muitos — portos cheios, estradas saturadas e imprevisibilidade.
A Rota Bioceânica: uma nova saída para o Pacífico
Imagine trocar tudo isso por um caminho mais curto, mais barato e direto. É o que propõe a Rota de Integração Latino-Americana, mais conhecida como Rota Bioceânica.
De onde sai: Mato Grosso do Sul (Dourados, Maracaju, Porto Murtinho)
Por onde passa: Paraguai ➝ Argentina ➝ Chile
Onde chega: Portos de Antofagasta e Iquique, no norte do Chile
Para onde vai: Ásia, Oceania e costa oeste dos EUA
Essa rota elimina a necessidade de atravessar o Atlântico ou o Canal do Panamá. Com isso:
- O tempo de viagem cai para cerca de 17 a 20 dias
- O custo logístico pode cair até 30%
- A exportação se torna mais eficiente e competitiva
Comparativo direto: presente x futuro

Um novo papel para Mato Grosso do Sul
Com a Rota Bioceânica, Mato Grosso do Sul se torna protagonista do comércio internacional. Cidades como Porto Murtinho, Maracaju e Dourados estarão no centro de um corredor logístico estratégico, conectando o agro brasileiro diretamente ao Pacífico e, dali, ao mundo.
Produtos beneficiados:
- Soja e milho (grãos de exportação)
- Carne bovina (in natura e industrializada)
- Algodão e derivados
- Outros produtos do agro e da indústria sul-mato-grossense
O resultado: mais exportações, mais empregos, mais investimentos em infraestrutura e mais oportunidades para toda a região.

A rota do futuro é agro e passa pelo Centro-Oeste
A Rota Bioceânica representa muito mais do que uma estrada. É uma porta de entrada para o mercado asiático e uma alavanca para o agronegócio brasileiro crescer com menos custo, mais velocidade e maior presença internacional.
Se o agro é pop, a Rota é global.