A tão aguardada Rota Bioceânica, que conecta o Brasil aos portos do norte do Chile através do Paraguai e da Argentina, está prestes a se consolidar como um dos principais corredores logísticos da América do Sul. E o melhor: com foco direto em ganho de tempo e redução de custos para o transporte de mercadorias brasileiras, especialmente aquelas produzidas em Mato Grosso do Sul.
Menos tempo na estrada, mais lucro no campo
Atualmente, grande parte das exportações do Centro-Oeste brasileiro dependem dos portos de Santos (SP) ou Paranaguá (PR), o que representa percursos de até 2.000 km até o litoral. Com a Rota Bioceânica, essa realidade muda drasticamente.
O novo corredor rodoviário encurta a viagem até os portos do Pacífico em cerca de 8 a 10 dias quando comparado à rota marítima tradicional via Canal do Panamá. Isso significa que mercadorias como soja, milho, carnes e minérios poderão chegar aos mercados asiáticos – como China, Japão, Coreia do Sul e Vietnã – de forma muito mais rápida e competitiva.
Exemplo prático: Campo Grande ao Pacífico
Com a conclusão da Ponte Bioceânica sobre o Rio Paraguai (ligando Porto Murtinho a Carmelo Peralta, no Paraguai), o trajeto terrestre entre Campo Grande (MS) e o porto de Antofagasta, no Chile, será de aproximadamente 2.200 km. É uma distância menor do que a atual rota até o porto de Santos, com a vantagem de oferecer uma saída direta para o Oceano Pacífico.
Impacto direto na competitividade
Para exportadores, menos tempo de transporte significa menor custo com logística, mais frescor nos produtos perecíveis e maior agilidade para atender a demandas internacionais. Além disso, o encurtamento do trajeto reduz o impacto ambiental do transporte e fortalece a presença do Brasil no comércio exterior, especialmente junto aos países da Ásia.
Integração regional e desenvolvimento
A Rota Bioceânica não é apenas um caminho mais curto: é um projeto estratégico de integração continental, que aproxima os países envolvidos e impulsiona o desenvolvimento econômico em regiões antes isoladas. Mato Grosso do Sul, por exemplo, está se tornando protagonista nesse novo cenário, atraindo investimentos e preparando sua infraestrutura para aproveitar todas as oportunidades.